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A Biblia Curiosa reune assuntos interessantes referente a Bíblia encontrados na internet, sua fonte encontra-se no final do artigo, São extraídos após uma leitura e analise do texto. Outros artigos do mesmo assunto poderão ser incorporados para o enriquecimento espiritual do leitor. Todos os assuntos extraídos trazem a sua fonte no final do texto. Boa leitura.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O que significa ser servo de Deus?

O cristão tem grande prazer em declarar que é um servo(a) de Deus. Mas nem todos refletem nos privilégios que isto representa, na importância que isto confere e na responsabilidade que isto significa. O privilégio do crente ser filho de Deus pela fé em Jesus é indizível, pois faz parte da família de Deus.

Para sermos servos de Deus, precisamos considerarmos o fato de Cristo ser chamado de Servo de Deus,

Is 42.1: Eis aqui o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele. ele trará justiça às nações.

Is. 52.13 Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime.

Fp 2.7 mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens;
8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz.

Precisamos contemplar a vida e o trabalho de Jesus como Servo Modelo. Quanto à responsabilidade do crente como servo de Deus, está a sua obediência irrestrita à vontade do Senhor. "Não servindo à vista como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus", Ef 6.6.

O crente torna-se seu servo por amor. Obedece ao Senhor e para Ele trabalha impulsionado pelo amor que recebeu de Deus e que para Ele retorna como adoração, consagração, comunhão e serviço, uma vez que o amor sempre requer um objeto para tornar-se ativo. Tal servo é o inverso do mercenário, que trabalha apenas por lucro, interesse e conveniências pessoais.

Impressionante o fato por Deus dirigido, que na promulgação da lei divina no monte Sinai, logo após o seu preâmbulo (Ex 20), o primeiro assunto é o do servo (Ex 21). E servo por amor (v5), e por isso servo "para sempre" (v6).

O conceito bíblico de servo vem do Antigo Testamento e nele também está o conceito de redenção do servo ou escravo. Esses dois lados de um mesmo assunto estão bem patentes no AT. Por outro lado, a revelação divina de servo de Deus é vista através do Novo testamento, a começar pelos ensinos de Jesus sobre servo, e daí prossegue até Apocalipse 22.3,6, onde a figura do servo aparece nas últimas palavras da Bíblia. Ainda reportando-nos ao AT sobre os servos, no estupendo milagre divino do êxodo de Israel, quando Deus com mão poderosa o resgatou do cativeiro egípcio, temos aí o princípio fundamental do servo e seu serviço (Ex 6.6 e Dt 15.15).

Na exposição da doutrina do servo, o NT emprega vários termos no original, sendo dois deles de maior peso. Os demais são complementares.

O servo em relação ao seu Dono, Deus. Nesse caso o termo é doulos, que aparece repetidamente no NT. É o servo em relação ao seu Redentor e Se¬nhor, para fazer a sua vontade; como propriedade, por Ele adquirida. Alguns desses textos em que aparece o servo como doulos (Mt 25.21,23; 20.27; At 2.18; Rm 1.1 e Fp 1.1, a idéia, não o terno propriamente dito, está patente em muitas outras passagens como Êxodo 15.16; 19.5; Mt 20.28; Atos 20.28; Hb 9.28; Ef 1.7; l Co 6.20;

I Pedro 2.9 e Apocalipse 5.9.

O servo em relação ao seu trabalho para Deus, o terno original é diakonos; isto é, servo em relação ao trabalho que executa para seu senhor. Trabalho abundante, de bom gosto, boa vontade, prazeroso, bem acabado, no prazo determinado e conforme as ordens recebidas. Crentes há que em relação ao Senhor - como amo - são exemplos de testemunho, firmeza, perseverança, comunhão, adoração. Mas quanto a serviço para Deus são negligentes, descuidados, desorganizados, improvisadores e irreverentes.

Nos dias bíblicos o servo era como diakonos, que na casa do seu senhor executava todos os trabalhos, inclusive os mais humildes e comezinhos, como levar e trazer recados, cuidar da copa, da cozinha, dos bens de seu senhor, animais domésticos, rachar lenha, manter o fogo aceso, tirar água e carregá-Ia para a família. Alguns prin¬cipais textos em que aparece o servo como diakonos no original (Mt 20.26,28; l Tm 4.6; II Tm 4.11; Ef 3.7; Fp 1.1; 2.7 e 1 Ts 3.2.

O servo em relação a si mesmo no original é huperetes; e está relacionado ao desempenho do diakonos. Huperetes designava nas embarcações comerciais da época, o remador escravo, da terceira fileira de remadores (a última, de cima para baixo) nos navios trirremes. O trabalho dos huperetes não era visto, por ficar ele muito abaixo, na embarcação. Seu trabalho era humilde, pesado, mourejante e requeria o máximo das forças desses trabalhadores. O termo huperetes aparece em relação a servo em Mateus 26.58; Lucas 4.20; Atos 26.16; Coríntios 4.1 e Marcos 15.54,65.

O servo em relação ao povo em geral é o crente como servo de Deus em relação à sua congregação. Trata-se de leitourgeo, como aparece em Atos 13.2; 9.21; Romanos 15.16 e Filipenses 2.17. Daí vem o nosso "liturgia", ligado ao culto coletivo cristão. Portanto, leitourgeo é o crente como servo em relação ao culto religioso.

O servo e seu culto pessoal é latreuo e está relacionado à sua adoração a Deus. Desse termo vem latria (adoração). Latria no original aparece em Lucas 2.37; Atos 27.23 e II Timóteo 1.3.

O servo como uma pessoa do lar é oiketes, relacionado a doulos, mas voltado para a família. Crente como servo de Deus, há mais de um, mas, como filho, não. Deus não tem afilhados, prediletos, favoritos. Que tipo de servo somos nós?

Em Lucas 17.10 Jesus nos instruiu que após fazermos tudo o que nos for ordenado, devemos considerar-nos como servos inúteis (diakonos, no original). Sem qualquer méritos em nós mesmos. Noutras palavras: Deus nunca será nosso devedor. Nós é que devemos tudo a Ele. O termo "inútil" corresponde a "desprovido de mérito adquirido".

Devemos tanto a Deus, que na execução do seu trabalho, seja ele qual for, nunca iremos além do nosso dever; nunca atingiremos a área do mérito. Para servimos a Deus, é Dele mesmo que nos vem a graça, capacidade, dons e recursos. Mesmo que façamos o melhor, estaremos sempre em falta com Ele.

Quem são os servos de Deus. Servo é aquele que serve, serve a Deus, quem são os servos,

• Apo. 11:18 diz que servos são os que temem o nome do Senhor,

• Apo. 7:3 diz que os servos são selados na fronte.

• Tito 2:9 diz que servos são submissos ao seu Senhor. (obedecem)

• II Tim. 2:24-26 diz que servo é brando com todos, é apto a ensinar, pacientes e se desprendem do laço do diabo.

• Fil. 2:8 servo é aquele que é obediente até a morte.

• Ef. 6:6 faz de coração a vontade do seu Senhor.

• Atos 16:17 são os que anunciam o caminho da salvação.

• Gálatas 4:7, fala que aquele que se torna servo, Deus o tornará filho e também herdeiro de Deus.

A pergunta é: Sou eu um servo de Deus? Aquele que é servo de Deus compreende as escrituras, não importa o nível de inteligência que tenha, há pessoas muito simples que não tem nenhum grau de escolaridade que conhecem as escrituras de capa a capa.

Onde mora aquele que é servo? Mora na casa do seu Senhor!!! Ali ele ouve a voz do seu senhor e o serve.
O lugar do cristão que serve ao Senhor é na igreja, para ouvir a sua voz, e seguir seus ensinamentos.

O crente não será julgado diante de Deus como filho (quanto a salvação), mas como servo (quanto a serviços, obras). O crente como filho deve julgar-se a si mesmo, através da Palavra (I Co 11.31-32). Nesse julgamento prestaremos contas de nosso tempo, liberdade cristã, responsabilidade e talentos recebidos de Deus. Quase todo crente pensa que no dia do julgamento da Igreja haverá somente galardões de Jesus para os seus, mas não é bem isso que a Bíblia revela, se examinarmos o assunto com mais cuidado.

Fomos graciosamente resgatados da miserável servidão do pecado, por preço incalculável, o do sangue precioso de Jesus, (I Pd 1.18-19). Somos para sempre devedores a Deus e temos que nos render voluntária e plenamente a Ele como Redentor. Por nossa plena submissão como servos é que desfruta¬mos da verdadeira liberdade espiritual (Ef 6.6).

Essa elevada posição será eterna na glória celestial, enquanto aqui, cargos e posições como pastor, ancião, diáconos, diaconisas com certeza muda constantemente.

No céu, conforme Apocalipse 22.3, não seremos conhecidos como diácono, presbítero, evangelista, pastor, escritor, cantor, bispo etc, mas como servos. "E nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão".

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Inerrancia Biblica Por Dr. Samuelle Bacchiocchi

  A questão da inspiração e autoridade da Bíblia raramente perturbava os cristãos até um século atrás. Eles consideravam a Bíblia como fonte de sua crença. Aceitavam a autoridade da Bíblia sem defini-la em termos de inerrância. Nenhum dos principais credos católicos ou protestantes discute a noção de inerrância bíblica. Somente desde o século XIX é que essa questão tem dominado o cenário religioso.

  Um fator que destacadamente contribuiu para isso foi o impacto negativo da crítica liberal que reduziu a Bíblia a uma coleção de documentos religiosos cheios de dificuldades e erros textuais. Esse movimento crítico tem levado muitos cristãos a abandonarem seu comprometimento para com a infalibilidade da Bíblia. A fim de defender o ponto de vista cristão tradicional da inspiração e autoridade da Bíblia contra os ataques dos críticos liberais, cristãos conservadores desenvolveram o que se tornou conhecido como a “Doutrina da Inerrância Bíblica”.

  Definir a doutrina da inerrância bíblica não é fácil, porque vem numa variedade de formas que vão desde o ditado mecânico a inerrância funcional, posição que define a Bíblia isenta de erros em sua função de revelar o plano de Deus para nossa eterna salvação, mas não nas informações que oferece sobre vários aspectos factuais. Para o propósito de nosso estudo limitaremos a distinção a dois pontos de vista mais comuns de inerrância, conhecidos como inerrância “absoluta” e “limitada”.

—> Inerrância Absoluta

  É a posição de que a Bíblia em seus autógrafos originais, em sua inteireza é inerrante, sendo livre de toda falsidade, fraude, ou engano, e apropriadamente interpretados, será constatada como verdadeira e fiel em tudo quanto afirma concernente a todas as áreas da vida, fé e prática. Ou seja, que a Bíblia não contém erro de espécie alguma, seja de história, geografia, astronomia, cronologia, ciência, ou qualquer área que seja.

  A aceitação dessa posição é vista por muitos evangélicos como um divisor de águas da ortodoxia. Igualam a autoridade da Bíblia a sua inerrância, porque presumem que se não se puder demonstrar ser a Bíblia isenta de erros em questões não-religiosas, então nela não se pode confiar nas áreas religiosas mais importantes. Chegam ao ponto de reivindicar que os cristãos não podem ser legitimamente considerados evangélicos a menos que creiam na inerrância absoluta da Bíblia. A negação de tal crença supostamente conduziria à rejeição de outras doutrinas evangélicas e ao colapso de qualquer denominação ou organização cristã.

—> Inerrância Limitada

  É a posição que defende a inspiração conceitual, não verbal, e aceita exatidão da Bíblia somente em questões de salvação e ética, mas não a sua inerrância. A inspiração divina não impediu que os autores bíblicos cometessem “erros” de natureza histórica ou científica, uma vez que estes não afetam nossa salvação. A Bíblia não é inerrante em tudo quanto diz, mas é infalível em tudo quanto ensina com respeito a fé e a prática.

A INSPIRAÇÃO CONCEITUAL

  O reconhecimento da natureza divino-humana da Bíblia exclui dois grandes equívocos na consideração da inspiração bíblica. O primeiro é o ponto de vista inerrantista, que defende a inspiração verbal e exalta o aspecto divino da Escritura, minimizando a participação humana, a fim de assegurar que o texto seja completamente livre de todos os erros. O segundo é o ponto de vista liberal dos críticos que mantêm que os escritos bíblicos simplesmente refletem idéias e aspirações humanas. Eles crêem que as Escrituras são o produto de gênios religiosos que foram influenciados — não pela inspiração do Espírito Santo — mas pela cultura de seu tempo. Como faremos notar, o conceito de inspiração conceitual ou inerrância limitada está em equilíbrio, numa posição moderada entre esses dois conceitos extremos.

—> A Escritura como Divina e Humana

  A perspectiva dos que defendem a inspiração conceitual da Bíblia baseia-se em dois importantes versos: “Toda Escritura é inspirada por Deus” (2Tm.3:16) e “Nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens santos falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2Pd.1:21). Estes versos realçam o caráter divino-humano da Bíblia. As mensagens dos autores bíblicos originaram-se com Deus, mas foram expressas em linguagem humana, refletindo a base cultural e educacional dos escritores.

  Devemos rejeitar as errôneas posições mantidas pelos inerrantistas bíblicos, por um lado, e pelos críticos liberais, por outro. Em vez disso, sustentam um ponto de vista equilibrado da Bíblia, baseados em seu testemunho (2Tm.3:16/1Pd.1:21) com respeito a seu caráter divino-humano. Os aspectos divino-humanos da Bíblia são misteriosamente fundidos, algo similar à união divino-humana da natureza de Cristo.

—> A Humanidade da Bíblia

  A humanidade da Bíblia pode ser vista, por exemplo, no uso do grego koine, que era a língua do mercado, antes que da literatura clássica. É evidente também no pobre estilo literário de tais livros como o Apocalipse, que tem um vocabulário limitado e alguns erros gramaticais. Aparece no uso de tradições orais por homens como Lucas, ou de registros escritos pelos autores de Reis e Crônicas. É também refletido na expressão de emoções humanas em lugares como o Salmo 137 que descreve o sentimento dos cativos hebreus em Babilônia, dizendo: “Filha de Babilônia, que hás de ser destruída. (…) Feliz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra”! (Sl.137:8–9). Tal linguagem violenta expressa emoções humanas de profunda mágoa, antes que o divino amor por amigos e inimigos.

—> A Divindade da Bíblia

  A divindade da Bíblia é sugerida pela unidade subjacente aos ensinos da Bíblia. Cerca de 40 autores escreveram 66 livros ao longo de 1600 anos, contudo todos compartilham o mesmo ponto de vista da criação, redenção e restauração final. Somente a inspiração divina poderia assegurar a unidade temática subjacente da Bíblia ao longo de séculos de sua composição.

  Outra indicação do divino caráter da Bíblia é seu impacto sobre vidas e sociedades humanas. A Bíblia superou o ceticismo, preconceito e perseguição do mundo romano. Têm transformado os valores sociais e práticas de sociedades que abraçaram os seus ensinos. Tem atribuído novo valor à vida, um senso de valor ao indivíduo, uma nova condição às mulheres e escravos, derribado discriminações sociais e raciais, dado uma razão para viver, amar e servir a incontáveis milhões de pessoas.

  O divino caráter da Bíblia é também indicado por seu maravilhoso conceito de Deus, da criação, redenção, natureza e destino humanos.. Tais elevados conceitos são estranhos aos livros sagrados das religiões pagãs. Por exemplo, nos mitos da criação do Oriente Próximo, o descanso divino é geralmente alcançado, seja por eliminar deuses perturbadores ou por criar a humanidade.

  No sábado da criação, contudo, o divino repouso é assegurado não por subordinar ou destruir competidores, nem por explorar o trabalho da humanidade, mas pelo completar de uma perfeita criação. Deus descansou no sétimo dia porque Seu trabalho estava “terminado… feito” (Gn.2:2–3). Ele cessou de fazer para expressar Seu desejo de estar com a Sua criação, por dar a Suas criaturas não somente coisas, mas a Si mesmo. Tal conceito maravilhoso de Deus, que entrou no tempo humano por ocasião da criação e na carne humana em função da encarnação a fim de fazer-se “Emanuel — Deus Conosco”, não se acha nas religiões pagãs, onde os deuses tipicamente compartilham das falhas humanas.

  A admirável natureza da Bíblia é também indicada por sua miraculosa preservação ao longo da história, a despeito de incansáveis esforços de destruí-la. Anteriormente mencionamos as tentativas passadas de suprimir a Bíblia, pelos imperadores romanos, reis cristãos, e regimes comunistas. A despeito das deliberadas tentativas de destruir a Bíblia, seu texto nos veio substancialmente inalterado. Alguns dos mais antigos manuscritos nos levam para mais perto da composição dos originais. Revelam a impressionante exatidão do texto que tem chegado até nós. Podemos ser confiantes de que nossas Bíblias são versões confiáveis das mensagens originais.

  Por fim, a validade da Bíblia é comprovada por considerações conceituais e existenciais. Conceitualmente, a Bíblia propicia uma explicação razoável de nossa situação humana e da solução divina para nossos problemas. Existencialmente, os ensinos da Bíblia dão significado a nossa existência e nos oferece razões para viver, amar e servir. Mediante eles podemos experimentar as ricas bênçãos da salvação.

OBJEÇÕES À INERRÂNCIA

  Há cinco principais razões pelas quais não devemos adotar a doutrina da inerrância bíblica.

 1 — Primeiramente que os autores bíblicos foram os redatores de Deus, e não a pena do Espírito Santo. Eles estavam plenamente envolvidos na produção de seus escritos. Alguns deles, como Lucas, reuniram as informações entrevistando testemunhas visuais do ministério de Cristo (Lc.1:1–3). Outros, como os autores de Reis e Crônicas, fizeram uso de registros históricos que lhes estavam disponíveis. O fato de que tanto os escritores e suas fontes eram humanos, torna-se irreal insistir em que não há declarações inexatas na Bíblia.

 2 — Em segundo lugar, as tentativas dos inerrantistas em conciliar as diferenças entre as descrições bíblicas do mesmo evento, amiúde resulta em interpretações distorcidas e rebuscadas da Bíblia. Por exemplo, alguns tentam conciliar os divergentes relatos da negação de Pedro a Jesus com relação ao cantar do galo propondo que Pedro negou a Jesus um total de seis vezes! Tais especulações gratuitas podem ser evitadas por simplesmente aceitar a existência de pequenas e insignificantes discrepâncias factuais nos relatos dos Evangelhos quanto à negação de Pedro.

 3 — Em terceiro lugar, por basear a confiabilidade e infalibilidade da Bíblia na exatidão de seus detalhes, a doutrina da inerrância ignora que a principal função da Escritura é revelar o plano de Deus para a nossa salvação. A Bíblia não tem intenção de suprir-nos com informações geográficas, históricas ou culturais precisas, mas revelar-nos como Deus nos criou perfeitamente, remiu-nos completamente, e por fim nos restaurará.

 4 — Em quarto lugar, a doutrina da inerrância bíblica é carente de apoio bíblico. Em parte alguma os autores bíblicos reivindicam que suas declarações sejam inerrantes. Tal conceito tem sido deduzido a partir da idéia da inspiração divina. Presume-se que, sendo a Bíblia divinamente inspirada, deve também ser inerrante. Todavia, a Bíblia nunca faz a equivalência de inspiração com inerrância. A natureza da Bíblia deve ser definida indutivamente, ou seja, considerando-se todos os dados propiciados pela própria Bíblia, antes que dedutivamente, ou seja, por tirar conclusões de premissas subjetivas. Uma análise indutiva das discrepâncias existentes na Bíblia não apóia o ponto de vista de inerrância absoluta.

 5 — Uma razão final para a rejeição da inerrância absoluta, no caso dos adventistas, são os ensinos de Ellen White, e o exemplo da produção de seus escritos. Ela claramente reconhece o papel humano na produção da Bíblia. Escreveu ela:

  “A Bíblia aponta a Deus como seu autor, contudo foi escrita por mãos humanas, e no variado estilo de seus diferentes livros apresenta as características dos vários autores. As verdades reveladas são todas dadas por inspiração de Deus (2 Tim. 3:16); contudo são todas expressas nas palavras dos homens. O Infinito por Seu Espírito Santo derramou luz nas mentes e corações de Seus servos”. — Em “Selected Messages”, (Washington, D.C., 1958), book 1, p. 21.

  A inspiração, segundo Ellen White, impressionou os autores da Bíblia com pensamentos, não com palavras:

  “Não são as palavras da Bíblia que são inspiradas, mas os homens é que foram inspirados. A inspiração não atua nas palavras do homem, ou suas expressões, mas no próprio homem, que, sob a influência do Espírito Santo, é imbuído com os pensamentos”. — Idem.

  Deus inspirou homens, não suas palavras. Isso significa, como explica Ellen White, que a Bíblia “não é o modo de pensamento e expressão de Deus. Os homens muitas vezes dirão que tal expressão não parece como de Deus. Mas Deus não Se colocou em palavras, em lógica, em retórica, em julgamento na Bíblia. Os escritores da Bíblia foram redatores de Deus, não Sua pena.” (Idem).

  Ellen White reconheceu a presença de discrepâncias ou inexatidões na produção da Bíblia e na transmissão de seu texto:

  “Alguns nos encaram seriamente e dizem, ‘Não acha que poderia ter havido alguns erros nos copistas ou tradutores?’ Isso é muito provável. (…) todos os erros não causarão perturbação a uma alma, ou levarão quaisquer pés a tropeçarem, que não manufaturarem dificuldades das verdades mais claramente reveladas”. — Idem, p. 16.

  “Nem sempre ocorre perfeita ordem ou unidade aparente na Escritura”. — Idem, p. 20.

  Para Ellen White, a presença de inexatidões na produção ou transmissão do texto bíblico é somente um problema para aqueles que desejam “manufaturar dificuldades da verdade mais claramente revelada”. A razão é que a presença de detalhes inexatos não enfraquece a validade das verdades fundamentais reveladas na Escritura.

  OBS.: Os adventistas consideram os escritos de Ellen White como possuindo inspiração conceitual, não verbal. Inclusive, ela mesma não rogava para seus escritos o grau de inerrância.

CONCLUSÃO

  A controvérsia entre os inerrantistas e os liberais, faz com que a Bíblia seja atacada hoje por amigos e inimigos. O pêndulo está se movendo para ambos os extremos. Por um lado, os críticos liberais reduzem a Bíblia a um livro estritamente humano contendo erros e isento de revelações sobrenaturais e manifestações milagrosas. Tratam a Bíblia estritamente como uma produção literária humana. Por outro lado, alguns evangélicos conservadores elevam a Bíblia a um nível tão divino que passam por alto a dimensão humana da Escritura. Afirmam que a Bíblia é absolutamente sem erro em todas as suas referências que tratam de história, geografia, cronologia, cosmologia, ciência, e assim por diante.

  Por fim, tanto as posições de errância quanto de inerrância são pontos de vista extremos, heréticos que solapam a autoridade da Bíblia por torná-la, ou demasiada humana ou demasiada divina. A solução para essas posições extremadas se acha na palavra-chave “equilíbrio” — um equilíbrio que reconhece tanto o caráter divino quanto humano da Bíblia. A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem historicamente mantido uma visão equilibrada da Bíblia por reconhecer tanto seu caráter divino quanto humano. Muito do crédito para isso deve-se à direção profética de Ellen White.

  Em suma, a Bíblia é o produto de uma misteriosa combinação da participação divina e humana. A fonte é divina, os escritores são humanos, e os escritos contêm pensamentos divinos em linguagem humana. Esta combinação singular nos oferece uma revelação digna de confiança e infalível da vontade e plano de Deus para nossa vida presente e destino futuro. Como declarado na primeira das crenças fundamentais dos adventistas do sétimo dia, “As Sagradas Escrituras são a revelação infalível de Sua vontade. São o padrão do caráter, o teste da experiência, a autoridade reveladora de doutrinas e o registro digno de confiança dos atos de Deus na história”.

Fonte: Artigo “Inerrância Bíblica”. Adaptado.

Só para enrriquecer mais o conteúdo...

A Biblia é a Inspiração de Deus, ela foi "soprada" pelo Senhor. A Bíblia, na verdade é respirada por Deus e aspirada pelo homem. O homem ganha vida com o hálito de Deus.

O plano original de Deus não era dar ao homem a sua palavra de forma escrita. Os anjos eram os ensinadores dos homens. Adão e Eva eram visitados livremente por Deus e os anjos, porém com a entrada do pecado esta livre comunhão foi interrompida.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 21)

“Ninguém que possua este tesouro é pobre e abandonado. Quando o vacilante peregrino avança, para o chamado “vale da sombra e da morte”, não teme penetrá-lo. Ele toma o bastão e o cajado da Escritura em sua mão e diz ao amigo e companheiro: ‘Adeus até nos encontrarmos novamente.’ E confortado por aquele apoio, segue o trilho solitário como quem caminha das trevas para a luz.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 4)

“Este livro contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos pecadores e a felicidade dos crentes. As suas doutrinas são santas, os seus preceitos são obrigatórios, as suas histórias são verídicas, as suas decisões imutáveis. … Ele é o mapa do viajante, o cajado do peregrino, a bússola do piloto, a espada do soldado, a carta magna do cristão. Nele o paraíso é restaurado, os céus abertos e as portas do inferno desmascaradas. Cristo é seu único assunto; o nosso bem é o seu desígnio e a glória de Deus é o seu fim. Ele deve encher a memória, reinar no coração e guiar os pés. …É nos oferecido na vida presente, será o código de lei do Juízo Final e o único a permanecer na Biblioteca da eternidade.” (Pedro Apolinário, Hiistória do Texto Bíblico, p. 41)

Não se deve adorar o Livro, mas sim, o Jesus contido nele. Pois a Bíblia é a palavra de Deus e o ser humano deve lembrar que Deus pode ter outras palavras para outros mundos mas, para este mundo a Palavra de Deus é Jesus.

Fonte: http://adventista.forumbrasil.net/acervo-teologico-f1/inerrancia-biblica-t499.htm

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Biblia Poliglota Complutense

Bíblia Poliglota Complutense é o nome por que é conhecida a primeira edição poliglota da bíblia por inteiro, projeto do Cardeal Cisneiros. Incluía as primeiras versões impressas do Novo Testamento grego, a Septuaginta completa e o Targum Onkelos. Das seiscentas impressas, apenas 123 chegaram aos nossos dias.


História


Com o surgimento da prensa móvel em 1450 tornou-se possível a impressão de textos numa escala até então desconhecida. Por esta época o Cardeal Cisneiros convidou vários eruditos, incluindo Hernán Nuñez para o ambicioso projeto de compilar uma edição poliglótica completa da bíblia. Encontraram-se em Alcalá de Henares (em latim, Complutum) na Universidade de Alcalá, fundada pelo próprio cardeal e, sob seus cuidados iniciaram o trabalho, que teve a direção de Diego Lopez de Zúñiga e lá continuou por quinze anos.

O Novo testamento estava completo e impresso em 1514, porém não se deu sua publicação enquanto trabalhava-se ainda no Velho Testamento para que pudessem vir a luz como uma única obra. Por essa época, notícia do projeto chegou até o conhecimento de Erasmo de Roterdã que produziu sua própria edição impressa do Novo Testamento grego. Erasmo obteve do imperador Maximiliano e do papa Leão X o privilégio de publicação exclusiva por quatro anos. Este texto tornou-se o Textus receptus e suas edições posteriores foram a base para o Novo Testamento da versão do rei James.

O Velho testamento complutense estava completo em 1517, mas por força do privilégio obtido por Erasmo a publicação da Poliglota Complutense foi adiada até que o papa Leão X pudesse sancioná-la em 1520. Acredita-se que sua distribuição foi reduzida até 1522. O cardeal Cisneiros morreu em julho de 1517, cinco meses após o término da obra e não chegou a ver sua publicação.

Conteúdo


A Poliglota complutense foi publicada em seis volumes. Os primeiros quatro volumes contêm o Velho Testamento. Cada página consiste em três colunas de texto paralelo: hebraico à esquerda, a Vulgata no meio e a Septuaginta grega na última coluna. Em cada página do Pentateuco o texto aramaico (Targum Onkelos) e sua tradução para o latim estavam na parte inferior. O quinto volume, o Novo Testamento, consistia em colunas paralelas do texto grego e da Vulgata; O sexto volume continha dicionários de hebraico, aramaico e grego e textos de apoio.

Um fac-símile em tamanho fólio foi publicado em Valência entre 1984 e 1987, reproduzindo os cinco primeiros volumes a partir da cópia da Biblioteca dos Jesuítas em Roma. O raro sexto volume foi reproduzido a partir da cópia da Universidade de Madri.

A letra criada para a Complutense por Arnaldo Guillén de Brocar foi considerada por tipógrafos como Robert Proctor como o ápice do desenvolvimento da tipografia grega naquela época de início das publicações impressas. Antes que a letra criada por Aldus Manutius tomasse conta do mercado pelos próximos dois séculos. Proctor baseou sua criação, a letra Otter Greek na letra da Poliglota. A GFS Complutensian Greek da organização grega Greek Font Society igualmente baseou-se na Poliglota.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/B%C3%ADblia_Poliglota_Complutense
Foto: http://tipografos.net/historia/brocar.html
Por volta de 1455, ocorreu uma revolução na maneira de publicar a Bíblia. Johannes Gutenberg usou uma impressora para produzir a primeira Bíblia impressa com tipos móveis. Por fim, a distribuição da Bíblia não se restringia mais ao número limitado de documentos escritos à mão. Ela podia então ser produzida em grandes quantidades e a um custo relativamente baixo. Em pouco tempo, a Bíblia passaria a ser o livro mais amplamente distribuído no mundo.


A Bíblia de Gutenberg era em latim. Mas eruditos europeus logo se deram conta de que precisavam de um texto fidedigno da Bíblia nas línguas originais — hebraico e grego. A Igreja Católica considerava a Vulgata latina a única versão aceitável da Bíblia, mas havia duas grandes desvantagens. No século 16, a maioria das pessoas não entendia latim. Além disso, por um período de mil anos, o texto da Vulgata havia acumulado um grande número de erros de copistas.

Tanto tradutores como eruditos precisavam duma Bíblia nas línguas originais, bem como uma tradução melhor em latim. Em 1502, o cardeal Jiménez de Cisneros, conselheiro político e espiritual de Isabel I da Espanha, decidiu suprir a necessidade com apenas uma publicação. Essa tradução histórica ficou conhecida como a Poliglota Complutense. Cisneros pretendia ter uma Bíblia poliglota, ou multilíngüe, com o melhor texto em hebraico, grego e latim, junto com algumas partes em aramaico. A arte de impressão ainda estava no começo, de modo que essa realização também seria um marco nesse campo.

Cisneros começou a sua enorme tarefa por comprar antigos manuscritos hebraicos, dos quais havia muitos na Espanha. Coletou também diversos manuscritos gregos e latinos. Estes constituiriam a base para o texto poliglota. Cisneros confiou o trabalho de compilação a uma equipe de eruditos, que ele organizou na recém-fundada Universidade de Alcalá de Henares, na Espanha. Entre os eruditos convidados para colaborar estava Erasmo de Roterdã. Mas esse famoso lingüista não aceitou o convite.

Os eruditos levaram dez anos para compilar a obra monumental, e o trabalho de impressão durou mais quatro anos. Havia muitas dificuldades técnicas, visto que as impressoras espanholas não tinham tipos de letras hebraicas, gregas ou aramaicas. De modo que Cisneros recorreu aos serviços de um grande impressor, Arnaldo Guillermo Brocario, a fim de preparar tipos para essas línguas. Por fim, os impressores começaram a produção em 1514. Os seis volumes foram terminados em 10 de julho de 1517, apenas quatro meses antes do falecimento do cardeal. Publicaram-se umas seiscentas cópias da obra completa e isso numa época em que a Inquisição espanhola estava no auge.

I. A composição da obra


Cada página da Poliglota oferecia uma abundância de informações. Nos quatro volumes das Escrituras Hebraicas, o texto da Vulgata estava na coluna central de cada página; o texto hebraico estava na coluna da extremidade; e o texto grego, junto com uma tradução interlinear em latim, na coluna interna. Nas margens aparecia a raiz de muitos termos hebraicos. E na parte inferior de cada página do Pentateuco, os editores incluíram também o Targum de Onkelos (uma paráfrase em aramaico dos primeiros cinco livros da Bíblia) junto com uma tradução em latim.

O quinto volume da Poliglota continha as Escrituras Gregas em duas colunas. Uma tinha o texto grego; e a outra, o texto equivalente em latim, da Vulgata. As palavras correspondentes nos dois textos eram indicadas por meio de letras pequenas, que levavam o leitor para a palavra equivalente em cada coluna. O texto grego da Poliglota foi o primeiro livro completo das Escrituras Gregas, ou do “Novo Testamento”, que foi impresso, seguido pouco depois pela edição preparada por Erasmo.

Os eruditos tiveram tanto cuidado ao revisar o texto do quinto volume, que houve apenas cinqüenta erros de impressão. Por causa de tal cuidado escrupuloso, os críticos modernos consideraram o quinto volume superior ao famoso texto grego de Erasmo. O grande estilo dos caracteres gregos combinou com a beleza simples dos manuscritos unciais mais antigos. R. Proctor declara no seu livro The Printing of Greek in the Fifteenth Century (A Impressão em Grego no Século Quinze): “Cabe à Espanha a honra de ter produzido os tipos na língua grega que são, sem dúvida, os melhores já encontrados.”

O sexto volume da Poliglota continha diversas ajudas para o estudo da Bíblia: um dicionário hebraico e aramaico, a interpretação de nomes gregos, hebraicos e aramaicos, uma gramática hebraica, e um índice em latim para o dicionário. Não é de admirar que a Poliglota Complutense tenha sido considerada um “monumento de arte tipográfica e da ciência das Escrituras”.

Cisneros pretendia que essa obra ‘incentivasse o estudo das Escrituras que até então havia estado adormecido’, mas não queria tornar a Bíblia disponível ao público em geral. Achava que “a Palavra de Deus tinha de estar envolta em mistérios discretos, longe do alcance do homem comum”. Acreditava também que “as Escrituras deviam ficar restritas às três línguas antigas, nas quais Deus permitiu que fossem escritas as palavras que apareciam acima da cabeça do seu Filho crucificado”. Por esse motivo, a Poliglota Complutense não incluía nenhuma tradução em espanhol.


Fonte: http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/poliglota-complutense-part-1.html
           http://bibliotecabiblica.blogspot.com/2009/05/poliglota-complutense-part-2.html

O primeiro Novo Testamento Grego foi impresso em 1514 como parte de uma Bíblia Poliglota. Esta Bíblia, planejada em 1502 pelo Cardeal da Espanha, Francisco Ximenes, chama-se Poliglota por trazer os textos hebraico, aramaico, grego e latino. Pelo fato de ter sido impressa na Universidade de Alcalá (nome árabe para o lugar onde estava a Universidade, em latim o nome era Complutum) esta Bíblia recebeu também o nome de Poliglota de Alcalá.


Das 600 coleções que foram impressas, são conhecidas e localizadas hoje 97 delas, estando uma na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

Esta Bíblia é constituída de seis volumes, sendo que os quatro que contêm o Velho Testamento apresentam o texto hebraico massorético, o latim da Vulgata e o grego da Septuaginta. Na parte inferior vem o texto do Targum aramaico de Onkelos, acompanhado de uma tradução latina. O Novo Testamento está no quinto volume, havendo no final deste um índice de nomes próprios, uma gramática da língua grega e um dicionário grego-latino. No sexto volume há um extenso dicionário hebraico-latino e outro pequeno latino hebraico, além de uma gramática hebraica.

Embora fosse o primeiro Novo Testamento impresso, não foi o primeiro a ser vendido, porque para a sua divulgação era necessária uma autorização papal e esta só foi obtida em 1520. Por alguma razão, até hoje não explicada, a Bíblia Poliglota Complutense não circulou antes de 1522.

Não sabemos que manuscritos foram usados pelo Cardeal Ximenes na elaboração desta grande obra. Em sua dedicação ao Papa Leão X, depois de mencionar as dificuldades enfrentadas para obter manuscritos latinos, hebraicos e gregos, Ximenes afirma:

“Pelas cópias gregas somos reconhecidos a Sua Santidade, que muito bondosamente, nos enviou da Biblioteca Apostólica códices mui antigos, tanto do Velho como do Novo Testamento, que nos ajudaram muito nesta empreitada.”

Houve outras poliglotas famosas publicadas em Antuérpia (1569 – 1572) e Paris (1629-1645); porém, a mais notável de todas foi a Poliglota de Londres (1657-1669), publicada por Briam Walton em oito volumes, contendo cada página o texto do Velho Testamento em hebraico, latim da Vulgata, Targum, grego da Septuaginta, siríaco, árabe e Pentateuco Samaritano.

Fonte: História do Texto Biblico, autor Pedro Apolinário

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